Na manhã desta sexta-feira, 28/08/20, foi deflagrada a Operação Attack Mestre. O objetivo da operação é a desarticulação de uma organização criminosa que praticava extorsão à provedores de internet após o bloqueio de rede por meio da Negação de Serviço Distribuído (DDoS). A interrupção nas conexões, que afetava até mesmo a prestação de serviços essenciais, era seguida de extorsão para restabelecimento dos serviços. 

Os investigados, que exigiam dos provedores o pagamento de valores em criptomoedas para o restabelecimento do serviço, chegaram a interromper conexões banda larga de centenas de milhares de usuários (pessoas físicas e jurídicas) nos 26 estados e no Distrito Federal.

 

A Delegada Sabrina Lelis, que está à frente das investigações no Estado de Goiás, disse que pelo menos quatro provedores de internet que foram vítimas no Estado tiveram prejuízos altos devida as interrupções nos serviços. Segundo a Delegada, o principal investigado na Operação utilizava o apelido na internet de “Guerreiro”.

 

“Uma das empresas de Goiânia é uma provedora de internet e, quando o sistema dela era atacado, ela ficava impedida de distribuir o sinal para seu cliente. Somente essa empresa teve mais de R$ 150 mil de prejuízo”, informou a delegada.

 

 

Ao todo, estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária em São Paulo e Goiás. Um investigado foi preso no município de Porto Feliz (SP), com apoio da Unidade de Inteligência Policial do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo. 

 

“Os investigados são detentores de conhecimentos avançados na área da tecnologia da informação e faziam uso de uma estrutura extremamente complexa, dotada de uma rede com diversos computadores infectados por BOTS, popularmente conhecida como ´zumbis´”, informou Alessandro Barreto, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas do MJSP.

 

As informações sobre as operações realizadas pelos suspeitos foram coletadas na Internet com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas (Seopi/MJSP) e polícias judiciárias dos estados do Tocantins e Goiás.

 

 

SOFREU ESTE GOLPE OU CONHECE ALGUEM PASSOU PELO GOLPE? ACIONE A POLÍCIA.

Se você conhece alguma vítima ou já passou por esta situação de golpe como a causada por este grupo, Disque e Denuncia para a polícia através do número  197.

 

PORQUE “ATTACK MESTRE” ?

A Operação recebeu este nome em referência ao modo de controle exercido pelos investigados sobre os pontos que distribuem efetivamente os ataques. Sabe-se que tecnicamente o ataque conhecido como DDoS tem como principal característica o controle por um “mestre” de vários outros “BOTS” escravos.

 

REALIZAÇÃO DA OPERAÇÃO

A ação foi mais uma medida de integração entre Ministério da Justiça e Segurança Pública e forças de segurança estaduais. A ação contou com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas (Seopi/MJSP) que auxiliou na investigação junto às polícias civis dos estados de Goiás e Tocantins, representados pela Delegacia Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos e pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos.

 

Fonte: Ministério de Justiça e Segurança Pública | Portal G1 | Blog da MHemann