Esta marcada para este mês de novembro, a abertura do edital para construção de trechos da Rede Paraibana de Alto Desempenho (Repad). Com intenção de cobrir todo o interior do estado, o Governo da Paraíba anunciou a nova etapa da Repad.

Atualmente, a rede já está implantada na Grande João Pessoa, onde cerca de 150 km interligam 84 órgãos públicos. A rede ainda integra todas as escolas estaduais, e interliga a capital a Campina Grande.

O próximo passo é interconectar à rede as 55 principais cidades do estado. Para essa etapa será necessária a construção de 3,5 mil km de rede de fibra óptica e investimentos de R$ 50 milhões.

Ao apresentar a terceira fase da Repad, Claudio Furtado, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesq), órgão vinculado à Secretaria de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia e responsável pela infraestrutura de banda larga do estado, disse que o objetivo do governo da Paraíba é atingir os demais municípios do estado por meio de parceria com os provedores regionais.

 

“Com a Repad chegando às cidades polo, as demais vão estar a uma distância média de 20 km”, contou Furtado, durante o Encontro Provedores Regionais, ocorrido em João Pessoa, na Paraíba.

 

Para desenvolver a parceria com os provedores regionais, a Fapesq, segundo Furtado, está realizando um mapeamento dos provedores regionais que atuam no estado e de onde operam.

A partir das informações enviadas pelas empresas é que a Fapesq vai construir as alternativas de modelo de parceria, de forma a garantir a participação de todos.

 

PARTICIPAÇÃO DOS PROVEDORES REGIONAIS

Os provedores de acesso à internet interessados em participar do processo devem enviar as informações sobre sua rede e cidades e/ou bairros atendidos para:

[email protected]

 

SOBRE O EDITAL
Para a construção da rede no interior, o edital vai ser dividido em cinco lotes:

1) rede central, que vai interligar cidades, num total de 2,2 mil km;

2) redes dentro de cidades, para interligar órgãos estaduais e federais, com extensão de 829 km;

3) redes radiais, para interligar institutos federais ou mesmo cidades, num total de 256,1 km;

4) e redes de acesso, com 256,6 km.

 

Conforme explicou Cláudio Furtado, vai haver um mix de cidades do litoral e interior nos lotes.

Parte da rede vai ser instalada em dutos e parte vai ser implantada em postes, por meio de convênio já firmado pelo governo do estado com a Energisa (concessionária de energia elétrica), e a transmissão entre os enlaces será na tecnologia DWDM.

O presidente da Fapesq acredita que, finalizada a licitação, a implantação da rede vai ser rápida.

Os problemas burocráticos que emperram o processo já foram superados na primeira e na segunda fases. Principalmente as negociações com as concessionárias de energia elétrica (postes) e de gás (dutos).

No caso da rede implantada na Grande João Pessoa, investimento conjunto dos governos estadual e federal no valor de R$ 6 milhões.

A utilização dos postes da Energisa foi trocada por uso, pela concessionária de energia, de capacidade da rede. Furtado lembra que foi uma negociação longa e que o governo teve que negociar muito para tornar viável o projeto.

No caso do uso do duto da Companhia Paraibana de Gás, no trecho da BR 230 (Transamazônica) que liga João Pessoa a Campina Grande, as coisas foram menos difíceis.

“Conseguimos usar 130 km”, lembra ele. Mas 30 km tiveram que ser aéreos, porque o governo do estado não conseguiu negociar com a Petrobras.

Ao chegar em Campina Grande, o backhaul da Repad se interliga com o POP da Rede Metropolitana de Campina Grande da RNP. Através da qual interconecta os órgãos estaduais.

 

EXTENSÃO

Quando avançar em direção ao Ceará, a Rede Paraibana de Alto Desempenho vai contar com a parceria do Cinturão Digital. O cinturão é a rede pública do estado do Ceará.

 

“Isso vai nos garantir maior operabilidade e nos dar redundância”, relatou Furtado.

 

O projeto contou com forte apoio da equipe de engenharia da RNP no desenho das novas rotas da Repad.

 

 

FONTE: PontoISP

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